quarta-feira, 20 de abril de 2011

Babosa - Aloe vera

Fonte: Wikipedia

Planta medicinal (cicatrizante e antibiótica) e comestível.
Nome científico: Aloe vera (L.) Burm. f.
Nomes populares: babosa, aloé, babosa-medicinal, erva-de-azebre, caraguatá, caraguatá-de-jardim, erva-babosa, aloé-do-cabo.
Família: Asphodelaceae (Liliaceae)
Centro de origem: Continente africano (provavelmente).
Planta suculenta, de até um metro de altura. Folhas grossas, carnosas e suculentas, dispostas em "roseta", com espinhos. Cresce espontâneamente na região Nordeste. Prefere solo arenoso e não exige muita água.

Outras espécies, de mesmos usos: Aloe arborescens Mill. e Aloe ferox Mill. (possuem florações de colocação rosada/amarelada e avermelhada, respectivamente).

O primeiro uso da babosa que vou citar é muito conhecido: o sumo da babosa é comprovadamente cicatrizante e antimicrobiano, sendo muito recomendada sua aplicação direta sobre ferimentos. Basta cortar a folha, e passar o gel ("mucilagem") dela sobre a ferida ou queimadura. Algumas pessoas, todavia, recomendam retirar com água antes o gel amarelo e utilizar apenas o gel transparente (não é difícil distinguir as diferentes mucilagens da planta). Eu tive bons resultados nos dois casos. Além disso, a planta é muito utilizada para tratar cabelos, sendo utilizada em cosméticos industriais e artesanais.

Já meu segundo uso costuma surpreender: a babosa é uma planta comestível, inclusive muito rica em sais minerais. Mexicanos comem ela na salada. Na Venezuela, a mucilagem de babosa é parte do café da manhã, misturado com mel. Porém, ela é de um gosto extremamente forte e amargo, devido ao alto teor químico (alguém acompanha os mexicanos quando eles colocam "um pouquinho" de pimenta na comida?). Recomendação: experimente não com um pouco, mas com uma boa porção de mel junto do pedaço de babosa. Fica uma delícia. Só não exagere na dose, mesmo se você estiver acostumado, para não ter distúrbios pelo excesso de algum nutriente (sim, isso é possível, no caso de alguns sais minerais). Claro que estes distúrbios só podem ocorrer se você comer pedaços grandes de babosa todo dia.

Algo interessante da biologia da babosa é que sua química é das mais visivelmente influenciadas pela umidade e pela exposição ao sol. Dependendo destas variáveis, ao ser cortada ela pode exalar cheiro mais ou menos forte, e maior ou menor quantidade de mucilagem. Infelizmente eu nunca sistematizei minhas experiências com babosa, então não posso dar mais detalhes.

Mas algumas pessoas sistematizaram. E pelo menos uma com um fim muito nobre: tratar câncer. O último uso de babosa que vou citar hoje é uma receita, elaborada e melhorada pelo Frei Romano Zago, relatada em seu livro "Câncer têm cura!" (ver referências). Eu nunca experimentei a receita, porém muitos conhecidos, principalmente por intermédio de minha mãe, que divulgou entre os amigos a receita, alegaram ter se curado completamente usando a planta. Esta mesma receita pode ser tomada por pessoas saudáveis pelo menos uma vez ao ano, como tônico e rejuvenescedor, e para prevenir câncer.

Atenção:
- Colher a babosa de preferência de madrugada, antes do nascer do sol, e após 5 dias sem chuva (3 dias, pelo menos). Não colher com orvalho (para evitar o orvalho, colher a planta no meio da noite). Colher logo após o pôr-do-sol não é bom, pode-se colher parcialmente a química diurna da planta, que não é a desejada.
- Recomenda-se que o pé tenha alguns anos de vida. 
- Preparar o remédio logo após a colheita. Tanto a colheita quanto a preparação é ideal que sejam feitos ainda longe da luz solar, no escuro. Separe recipientes opacos para guardar o preparado final. Não lave a babosa com água! Use um pano seco ou uma esponja seca para remover qualquer poeira que exista nas folhas antes de começar.

Ingredientes
- Duas, três, ou quatro folhas de babosa (duas, se tiverem 50cm, três se tiverem 35cm, quatro, se tiverem 25cm), de modo a completar aproximadamente 1 metro, em fileira.
- Meio quilo de mel de abelha (evitar mel artificial, refinado, ou outras falsificações).
- 40 a 50 ml de bebida destilada (cachaça de alambique, uísque, conhaque, etc.; não entram álcool puro, vinho, cerveja, licores).A quantidade que cabe em uma pequena xícara de café.
- Não precisa ser apegado as estas medidas. Precisa sim ser apegado em colher em tempo seco e à noite!

Preparo
- Corte a babosa primeiro tirando os espinhos com uma faca afiada, depois picando em cubos.
- Tudo para liquidificador. Misture todos os ingredientes bem, até virar um creme esverdeado. Está pronto.
- Guarde em um recipiente tampado e opaco, como um vidro escuro, e na geladeira, evitando a luz.

Como tomar:
- Três vezes ao dia, ao fim do jejum antes de cada refeição, tomar uma ou duas colheres do preparado.
- Tomar por 10 dias, então não tomar por pelo menos outros 10 dias, antes de tomar por outros 10 dias, assim sucessivamente, até a cura. Quem estiver tomando como tônico, tomar apenas a primeira série de 10 dias, e a seguinte, se desejar, apenas após alguns meses.

Obviamente, não é necessário parar outros tratamentos para tomar o preparado de babosa. E este em nada afeta os outros tratamentos.
(a menos, é claro, na possível obtenção de uma cura mais rápida)


Referências:
“Plantas Medicinais no Brasil – Nativas e Exóticas”, Harri Lorenzi e F. J. Abreu Matos. 2ª Edição, Nova Odessa, SP: Instituto Plantarum, 2008.
“Câncer tem cura!”, Frei Romano Zago, OFM. 11ª Edição, Petrópolis, RJ: Editora Vozes, 1997.

AVISO GERAL: Sempre que utilizar plantas medicinais, certifique-se de colher a espécie correta, e que a planta esteja saudável e tenha crescido em bom solo. Ou seja: evite plantas próximas à esgoto, lixo, sujeira, etc. Evite plantas com sinais de predação por insetos ou fungos. Não utilize produtos agroquímicos sobre plantios de finalidade medicinal. Leia atentamente as dicas e recomendações, no mundo biológico todo detalhe é importante.

13 comentários:

  1. Eu já tinha ouvido falar de um cara que conseguiu curar o câncer que tinha se tratando com babosa. Realmente é um fato importante, acho que devia ser melhor divulgado.
    E já comi babosa algumas vezes também, mas nunca tinha pensado em misturar com mel... isso realmente deve melhorar o gosto haha.

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    1. Experimenta por 3 meses 1 colher de sopa de babosa sem casca, 1 colher de mel, 1 laranja, toma por 3 meses, nem mais nem menos isso, estou tomando, tive prostatite, sentia muitas dores, até andar doía, estou no dia 11 tomando e quase não sinto mais nada, me mandaram tomar por 3 meses e fora outros benefícios, pele, cabelo tudo melhora!!!

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  2. Acabo de descobrir que as flores de babosa também são comestíveis!
    No link:
    http://come-se.blogspot.com/2011/05/flor-de-babosa-para-comer.html

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  3. A babosa nao e divulgada pq a industri farmaceutica perderia muito com isso!

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  4. Este comentário foi removido pelo autor.

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  5. Maravilha a babosa eu realmente recomendo

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  6. Tenho 71 anos. Há 9 anos sofria de prostatite aguda, com dores insuportáveis. O médico disse que teria que remover. Comecei a comer o gel da babosa (5 cm) por dia, em jejum. Em 2 semanas as dores ficaram suportáveis. Em 2 meses as dores sumiram. Hoje meu PSA (antígeno prostático específico) é de 1,5 (nível de crianças). Como o gel de uma folha por dia. Há 32 anos não tomo medicamentos. Só me trato com coisas da natureza.

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  7. Amei saber mas gostaria de saber se pra implantes dentario seria ultil?

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    1. Sinceramente não sei nada sobre implantes dentários! Desculpe.

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  8. Foi ótimo saber sobre está planta e os seus nutrientes

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  9. Olá! A utilização de uma bebida destilada na receita do Frei Romano Zago serve para ajudar a extrair os nutrientes da folha? Ou existe outro motivo?

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    1. Olá Márcia. A sua foi uma ótima pergunta. Acredito (é só um palpite!) que a bebida destilada tem como função ajudar a extrair os nutrientes, ajudar a mascarar o sabor forte da planta (junto com o mel), e talvez ajudar na assimilação dos nutrientes ao nosso metabolismo.
      Contudo, alguém precisaria fazer testes em laboratórios para se ter certeza.

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